2.5.07

ESDI- Escola Superior de Desenho Industrial 1963

A ESDI foi fundada em 1963, e foi a primeira escola no Brasil a ter um programa de ensino ao nível superior em Design. Como instituição pioneira que foi, desenvolveu uma estrutura curricular, que serviu de modelo oficial para todos os pólos universitários que introduziram este curso nos seus programas, por falta de alternativas melhores e pelo reconhecimento atribuído pelo Conselho Estadual de Educação. Leccionavam dois cursos: Comunicação Visual e Desenho Industrial, e que tinham a equivalência ao bacharelato com a duração de 4 anos.

Hoje em dia esta escola está integrada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), desde 1975, e já não conta com os dois cursos distintos, ambos fazem parte de um só, denominado Desenho Industrial, mas que permite as duas habilitações, Programação Visual e Projecto de Produto, esta reformulação aconteceu em 1987 e ainda como Bacharelato.

Outras Universidades também assumiram e diversificaram as suas estruturas curriculares e actualmente existem cerca de duzentos e cinquenta cursos, só de ensino Universitário. Para além destes cursos, com a recente implementação da nova lei de directrizes e bases de Educação deu-se um crescente de cursos tecnológicos com a duração de dois anos e meio, e contam já com 50 espalhados pelo Brasil, entre outras iniciativas como workshops, formações e pequenos cursos que são desenvolvidos pelas Universidades. Este facto demonstra a dimensão e potencialidade do Design no Brasil, que é facilmente constatado nas diversas pesquisas na Internet, tanto pela quantidade como pela qualidade de informação possível de adquirir aos mais diversos níveis no Design.

A ESDI o que faz transparecer é uma permanente preocupação pelo reconhecimento da Escola como uma instituição em permanente diálogo internacional, vendo essa pratica como um “exercício da actividade do design”. A escola mantém contactos e acordos com inúmeras escolas da Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, China e outras que se enquadram neste método educativo. A Esdi foi a primeira escola a requerer filiação ao ICSID (International Council of Societies of Industrial Design) por volta dos anos 70. Uma frase retirada do site oficial indicativa desse facto:

“É dentro desta perspectiva que a Esdi agora procura estabelecer novas relações de parceria com outras instituições, no Brasil e no mundo, visando promover uma melhor formação para os seus alunos, além do aperfeiçoamento do seu corpo docente e a abertura de possibilidades efectivas de colaborações em projectos e pesquisas.”

No site oficial da Escola encontram-se muitas notícias relativas a workshops, conferências, palestras, lançamentos de livros, sobre inúmeras matérias que se relacionam com as áreas de estudo da escola.

Algumas das suas acções e eventos mais importantes e recentes:

Curso "As coisas no mundo e o mundo das coisas"A cultura material e suas implicações na antropologia e no design", ministrado por Zoy Anastassakis, designer formada pela Esdi e mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ.informações: www.esdi.uerj.br/noticias/etc/curso_ascoisas.shtml

Curso de desenho de letras, 2ª edição por Gustavo Ferreira (ler notas "Curso de desenho de letras" e "Palestra 'Tipografia quântica'" abaixo). informações: http://www.hipertipo.net/

Curso "Videografismo"por João Bonelli, que ensinará técnicas de manipulação de imagens, animação, vídeo e som.
informações: www.esdi.uerj.br/noticias/etc/curso_videografismo.shtml

Seminário "Design e TV digital" professora Thais Waisman (doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, actuando na área de tecnologia educacional e TV interactiva).

Palestra de Bernhard BürdekPalestra sobre a HfG Offenbach am Main, de Bernhard Bürdek autor do livro Design - História, Teoria e Prática do Design de Produtos.http://www.esdi.uerj.br/noticias/p_even.shtml

Design gráfico venezuelano O designer e professor venezuelano Juan Carlos Darias apresenta palestra sobre a história e o panorama actual do design gráfico na Venezuela.
Palestra de Peter MegertPalestra do premiado designer suíço, actualmente a viver em Columbus, Estados Unidos.www.esdi.uerj.br/noticias/etc/megert.html

Lançamento de documentário e livro sobre Alexandre Wollner Alexandre Wollner e a formação do design moderno no Brasil, documentário em DVD e livro, realizado por André Stolarski na série "Depoimentos sobre o design visual brasileiro". Realização Tecnopop/Cosac Naify, patrocínio Petrobras.imagem com cartaz comemorativo…Seminário comemorativo dos 40 anos da Esdi
Para além destes eventos a universidade promove projectos como:
A “Arcos. Design, cultura material e visualidade”ISSN 1516-0874 Que se trata de uma revista com vários artigos e parte de um projecto de extensão do programa de pós-graduação da Esdi, coordenado pelo professor Washington Dias Lessa e se dedica ao estudo dos objectos e das linguagens visuais.
Outro projecto que pretende, essencialmente divulgar a Esdi chama-se "Esdi: Janelas Abertas". Promove um programa de visitas e palestras, aberto às diversas escolas de graus inferiores e à sociedade, permitindo a alunos e outros interessados visitar a Escola com o propósito de obter mais informações sobre o trabalho desenvolvido pela instituição.

E o projecto mais empolgante e de maior dinamismo trata-se da Motolab ESDI que resulta de um acordo efectuado em 2004 entre a Motorola do Brasil e a Esdi, com o objetivo de desenvolver estudos de design para telemóveis, na zona do Brasil e América Latina. Em contrapartida ao trabalho desenvolvido pela escola, a Motorola construiu e equipou um laboratório novo, com espaços definidos para o desenvolvimento de pesquisas e para a execução de modelos utilizando equipamentos específicos para a sua concepção. Envolvendo várias vertentes do design, desde equipamento, informação, gráfico e motion.
A coordenação dos trabalhos do Motolab Esdi está sob a responsabilidade dos professores João Bezerra de Menezes e Rodolfo Capeto. A inauguração ocorreu a 29 de Setembro de 2005.

28.4.07

Marcelo Lopes Designer

No inicio da sua carreira dedicou-se por projectos de moveis e interiores, mas há dez anos dedica-se ao Design visual, actualmente Marcelo Lopes é Designer gráfico e publicitário. Criou marcas e identidades corporativas, como a da galeria Francine, em São Paulo, espaço dedicado a mostras de Design de jóias e artes plásticas.

O trabalho demonstra o que Marcelo Lopes denomina arte comercial. São projectos em que, a partir de materiais convencionais buscam-se efeitos especiais, como brilho, transparências e cortes não usuais.

Um dos projectos partiu do redesign da marca, em que estão associados o símbolo curvilíneo criado por Yael Sonia (designer de jóias que possui atelier no local)
e o nome da empresa. Lopes criou uma nova fonte, adoptando letras maiúsculas e espaçamentos alongados entre os caracteres; com o uso de serifas, incorporou a ideia de solidez e segurança à imagem contemporânea da galeria.

Nome e símbolo foram posicionados de modo a enfatizar a proporção longitudinal da marca, utilizando também um fundo rectangular, com bordas arredondadas, para facilitar a memorização pelo público.

No desenho de cartões de visita, envelopes, convites e outros itens, o designer trabalhou com efeitos especiais, aplicados sobre papel metalizado, na cor prata. Entre esses efeitos, destacam-se a sobreposição de camadas de cor sem perda de transparência, possível pela utilização de tinta azul translúcida, e a impressão em dois tons de prata
(do papel e do logotipo), com bordas em espessuras reduzidas até o limite da legibilidade.


No caso da Francine, levou-o a explorar o conceito da visitação, de identificação entre o usuário e o espaço físico da galeria. Assim, ele reproduziu, em itens de papelaria, os cortes circulares que caracterizam a fachada metálica do edifício.

Os convites para o ciclo anual de exposições, principal elemento de comunicação entre a galeria e seu público, são um dos destaques no trabalho de Lopes. Em envelopes rectangulares, com dimensões reduzidas para optimizar o aproveitamento do papel, alternam-se, vazados, o símbolo da marca e os cortes circulares. Em 2002, pretende-se que os convites contenham espirais e se desenrolem pela manipulação do usuário, como "esculturas de papel".





Catálogo criado por Marcelo Lopes
para a designer de jóias Yael Sonia








No convite para a mostra do acervo, de dezembro de 2001,
o designer explorou a idéia da interatividade com o público, usando pequenos pedaços coloridos de papel vegetal











Nos envelopes, o designer reproduziu
a forma sinuosa do símbolo da marc
a























Etapas do desenvolvimento da marca,
até chegar ao logotipo criado por Lopes












Convites retangulares, com papel vegetal colorido
e texto em camada de verniz. Cortes especiais
reproduzem o símbolo da marca e a fachada da galeria







27.4.07

TIPOGRAFIA | A jovem tipografia brasileira

Através de séculos de cultura escrita, inúmeras formas de representação do alfabeto foram e continuam a ser desenvolvidas. Diferentes culturas - com seu modo de pensar, cânones, modas, estilos e tecnologia - criaram, aperfeiçoaram e trocaram informações entre si, em maior ou menor grau. Deste processo resulta um vasto universo tipográfico, cuja taxonomia é extremamente variada. Para se trabalhar com um número sempre crescente de fontes, é preciso observar atentamente os diversos desenhos disponíveis e entendendo seu significado sabermos aplicá-los da maneira mais correcta.

Cada vez mais os designers brasileiros aventura-se pela tipografia, uma actividade muito recente no país, e que aos poucos conquista mercado, admiradores e prémios nacionais e internacionais.

Um dos eventos do sector, a Bienal Letras Latinas reuniu em maio de 2004, no Memorial da América Latina, em São Paulo, e em outros três países (Argentina, Chile e Uruguai), 235 trabalhos de profissionais latino-americanos.

As dez criações nacionais seleccionadas entre os 40 destaques da Bienal Letras Latinas formam um conjunto identificável pelo enfoque visual, estético.
Ao todo, inscreveram-se 20 profissionais, com 49 fontes brasileiras, é representativa do estado da arte da tipografia no país, onde predominam fontes criadas para usos parciais e específicos, como títulos, logotipos e eventos institucionais. Nelas, a linguagem ilustrativa prevalece sobre critérios técnicos de legibilidade.

É bastante grateficante o facto de o Brasil ter seis trabalhos que foram seleccionados na categoria experimentais. A Final Font, concebida em 2003 por Gustavo Piqueira e equipe da Rex Design, exemplifica uma constante produção tipográfica.

São verdadeiras experimentações dentro da profissão, trata-se de iniciativas independentes. Os desdobramentos, contudo, podem inserir no mercado o que é inicialmente puro conceito. Um exemplo é a Árvore, Folhas, que integrou a identidade visual do evento de moda São Paulo Fashion Week, em 2002, e actualmente é veiculada na abertura de um programa diário da MTV brasileira.

A paixão do designer Fábio Lopez pela tipografia começou em 1998, comercializando fontes criadas por ele e um grupo de colegas da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), do Rio de Janeiro, através do que se denominava Fontes Carambola. A experiência terminou prematuramente, por causa da inconstância do mercado. Na Letras Latinas, o designer foi destaque com a fonte Ryad, inspirada em alfabetos não latinos, que adopta o princípio da emulação - segundo Lopez, uma espécie de simulação. Assim, devido às características formais, uma palavra escrita em qualquer língua com a Ryad parece ser proveniente do árabe.

Na mesma categoria foram destaques as fontes Persplexitiva, que Cláudio Rocha criou para a assinatura de Millôr Fernandes em artigos de jornais e revistas, além da Wayana, de Diego Credidio.

Já nos segmentos títulos e miscelânea, os trabalhos brasileiros seleccionados foram, respectivamente, a Akrylicz Grotesk, também de Cláudio Rocha, e a Manguebats, da pernambucana Fundição/Tipos do Acaso (esta também premiada simultaneamente pela Bienal da ADG).

As fontes Lalo e Paulisthania, concebidas, respectivamente, por Eduardo Omine e Luciano Cardinali, foram os destaques brasileiros na categoria textos, segmento em que a produção ainda é tímida no país. Nessa área, em que aspectos de legibilidade são critérios fundamentais da criação tipográfica.

Os designers destacam ainda, como tendência, trabalhos que trataram da sistematização de idiomas apenas falados, como a Guaranítica, do argentino Mauricio Javier Franco.






\\Amor_Ligaduras, de Clarissa Tossin \\ Paulisthania, de Luciano Cardinali




\\Árvore, de Clarissa Tossin \\Final Font, de Gustavo Piqueira



\\Akrylicz Grotesk, de Cláudio Rocha \\Persplexitiva, de Cláudio Rocha


Lalo, de Eduardo Omine


25.4.07

Índice

- ADG (Associação de Designers Gráficos) - Pedro Amorim
- Marcelo Lopes "Design Gráfico" - Fábio Belchior
- Bienal Letras Latinas "a nova tipografia brasileira" - Fábio Belchior
- Rexdesign (empresa design gráfico) - Sílvia Figueiredo
- Ultradesign (empresa design gráfico) - Sílvia Figueiredo
- Nando Costa (designer gráfico/webdesigner) - Hugo Santos
- Eduardo Recife (designer gráfico) - Hugo Santos
- Anderson Oliveira (designer gráfico/webdesigner) - Alexandre Rosendo
- GAD´Design (empresa de Design)- Alexandre Rosando
- ESI (Escola Superior de Design Industrial) - Bruno Cruz


22.4.07

Designer/Empresa/Instituição/Género

De entre as possibilidades que existem para o tema do design no Brasil, esta é a lista de designer/empresas:

Designer/Empresa/Instituição/Género _____Aluno


Design Brasileiro da Actualidade

Venho por este meio informar que devido ao facto de não sabermos se o nosso grupo foi ou não o primeiro a escolher o tema por nós inicialmente proposto - "Design em Portugal" - decidimos escolher outro país que sirva de tema ao nosso trabalho. Estamos então agora a fazer sobre o design brasileiro na actualidade.
Resumidamente, os moldes do trabalho que pretendemos apresentar são os seguintes:
- introdução abordando de forma geral o panorama actual da produção a nível de design no Brasil, discriminando estilos, tendências e influências.
- compilação de uma lista de cerca de 10 entidades - autores, empresas, ateliers, instituições académicas, etc. - que consideremos ser de importâcia considerável no âmbito da temática, e respectiva descrição detalhada das mesmas.
Cada um dos tópicos abordados será acompanhado do maior número de exemplares visuais concretos de forma a se ter a melhor ideia possível do que se falará.

Trabalho de grupo

Os alunos, organizados em grupo (cinco alunos), terão de apresentar um aproposta de trabalho inserido numa das temáticas do último conteúdo do programa: " Actualidade".Para tal devem apresentar, enviando para este portal, um pdf com um título longo, a contextualização do trabalho, o tipo de abordagem e as principais linhas de intervenção (pontos a explorar no trabalho).

Não esqueçam uma linguagem adequada, frases lógicas e bem estruturadas, assim como correcta ortografia. Por fim, mas de igual grau de importância, respeitar a fontes seleccionadas, pelo que: quando for necessário fazer citações, coloquem sempre entre aspas e citem o seu autor; quando referirem uma ideia de terceiros por vossa palavras, indiquem sempre quem é o autor dessa ideia.

A data limite de entrega é até 30 de Abril.


Actualidade: design brasileiro